quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Atividade com Inskcape - Poesia concreta



Concretismo

Contexto
No início dos anos de 1950, quando os poetas concretistas começam a se agrupar em torno da revista Noigrandes, os países da Europa começavam a se recuperar dos horrores da Segunda Guerra Mundial. Iniciava-se um período de reestruturação geográfica, política e econômica que dividiu o mundo em blocos capitalistas, sob a liderança dos Estados Unidos, e comunistas, guiados pela ex-União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Essa divisão, da qual o muro de Berlim foi o maior símbolo, conduziu os rumos das políticas e economias mundiais até o final dos anos de 1980. O medo de novos ataques nucleares alimentou a chamada "guerra fria", que opôs países capitalistas e comunistas ao longo das décadas seguintes.

No Brasil, vivia-se uma época de democratização política e de desenvolvimento econômico, que se tornou intenso durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1960), cuja propaganda oficial prometia uma avanço histórico de "cinqüenta anos em cinco". Os Planos de Metas de Juscelino para a modernização do país resultaram em impressionante crescimento industrial, que aumentou os empregos e a renda dos brasileiros. O desenvolvimento, as grandes realizações, como a construção de Brasília, e a estabilidade política contribuíram para criar a atmosfera de otimismo dos chamados "anos dourados".

Características
O Concretismo é o primeiro "produto de exportação" da poesia brasileira, para usar a expressão de Oswald de Andrade (1890 - 1954), pois foi concebido como movimento internacional e surgiu, se não antes, pelo menos ao mesmo tempo em que se manifestava em outros países. O lançamento oficial ocorreu em 1956, com a Exposição Nacional de Arte Concreta, realizada no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Mas desde 1952, quando lançaram a revista Noigrandes, os poetas Décio Pignatari, Haroldo de Campos e Augusto de Campos já refletiam sobre e praticavam a poesia concreta.

Outro representante ferrenho dessa arte foi o escritor Paulo Leminski, que a partir da poesia deu vida a prosa experimental como prova seu livro “Catatau”.


Vale a pena conferir:
Mais próximo da música do que a gente imagina, a poesia concreta também tem som e, nesse caso, um exemplo significativo é a contribuição do multiartista Arnaldo Antunes.
Todas as coisas do mundo não cabem numa ideia. Mas tudo cabe numa palavra”. É de Arnaldo essa ideia e essas palavras que resgatam, da década de 1950, uma poesia de caráter experimental capaz de transcender o seu significado e transformar-se em forma e ritmo para enriquecer seu conceito.
A poesia concreta representa uma influência de muito peso na poesia de Arnaldo Antunes, mas nela o concreto passa pelo crivo do rock, e é em outras palavras uma poesia Interdisciplinar, repleta de signos e significações.

Abaixo você confere o vídeo “Agora” (1993) e outras palavras musicadas e “concretizadas” por ele. Imagem de Amostra do You Tube.




Referências:

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